quarta-feira, 19 de agosto de 2009

CARTA DE SÃO PAULO DEFENDE TECNOLÓGOS

A CARTA DE SÃO PAULO

Dinamismo, atuação em rede e visão sistêmica são alguns aspectos que norteiam o viver contemporâneo. Na atualidade, o fluxo contínuo de informações exige um olhar atento e aberto às mudanças, implicando em constante atualização, tendo em vista adequações que revertam em qualidade de vida para a sociedade. Um novo contexto se apresenta, exigindo uma outra postura em relação a aspectos que se refletem na satisfação pessoal: convivência social, formação e atuação profissional.
No cenário nacional, as perspectivas dos últimos índices indicam uma ligeira melhora econômica, com possíveis investimentos na expansão de negócios, que devem se reverter na abertura de novos postos de trabalho, muitas vezes com exigências de um perfil diferenciado e não explorado de atuação profissional. É nessa oportunidade que se apresentam os cursos de tecnologia, com prontidão de atendimento à demanda e suas necessidades específicas. Novos marcos tecnológicos são vistos com apreensão pela sociedade, mas não podem, de forma alguma, ser ignorados ou desprezados. O diferencial do ensino tecnológico de graduação é a liberdade de poder formar profissionais para suprir necessidades do mercado de trabalho, sem que isso signifique saturar a oferta, pois ocupa um espaço vago para demandas específicas.
Embora atento e sintonizado à essa necessidade de mercado, o profissional que tem sua graduação em tecnologia enfrenta questões de entendimento quanto à sua opção, tanto por parte da sociedade, como do próprio mercado de trabalho e conselhos profissionais que, muitas vezes, relutam em aceitá-lo ou reconhecê-lo. Por isso, vivemos o momento de mudar paradigmas e fortalecer o entendimento de conceitos que envolvem a formação tecnológica.
A Associação Nacional dos Tecnólogos – ANT desenvolve uma política institucional voltada à qualidade da formação e à regulamentação do exercício profissional do graduado em cursos de tecnologia.
Durante o I Encontro Nacional dos Tecnólogos da Área da Engenharia e o II Seminário Nacional dos Tecnólogos, realizados em São Paulo, debateu-se e discutiu-se a valorização desse profissional no cenário sócio-econômico do país com representantes de sindicatos e profissionais tecnólogos de todo o Brasil, representantes do governo, conselhos profissionais, instituições de ensino e empregadores. Obteve-se como resultado os seguintes encaminhamentos:
- Obter representação no Fórum Nacional de Educação Profissional Tecnológica;
- Propor encaminhamentos para instâncias federais que visem ao fortalecimento da formação e o exercício da profissão de tecnólogo;
- Defender e acompanhar ativamente o processo de revisão curricular dos Cursos Superiores de Tecnologia junto ao MEC e CNE, para que o título de tecnólogo seja conferido aos egressos com o perfil profissional que exija uma carga horária mínima de 2.400 horas;
- Desenvolver ações junto às instituições de ensino superior, visando a fortalecer a credibilidade dos cursos de tecnologia:
- Divulgar o curso de tecnologia como de graduação e conseqüente prosseguimento de estudo em pós-graduação lato sensu ou stricto sensu;
- Atuar junto ao CONFEA para garantir a concessão de atribuições profissionais em setores da modalidade, de acordo com sua formação;
- Estimular o setor produtivo a oferecer vagas de estágio supervisionado a futuros tecnólogos, bem como criar oportunidades de trabalho aos graduados;
- Continuar as articulações e negociações para a imediata regulamentação da profissão junto ao Executivo e Legislativo Federal;
- Mobilizar e organizar os tecnólogos e sindicatos da categoria para fortalecer a atuação da ANT.

São Paulo, 28 de agosto de 2004.

Disponível no link: http://www.ant.org.br/ant_proposta.htm



Nenhum comentário:

Postar um comentário